Medida de crédito consignado é “estrutural”, diz Haddad
Haddad enfatiza a importância do Banco Central no controle da inflação, enquanto defendendo ações estruturais para combater o superendividamento. Ele destaca que mudanças no crédito consignado são essenciais para proporcionar alívio financeiro às famílias.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Banco Central (BC) deve focar no controle da inflação, enquanto o governo trabalhará em medidas para reduzir o superendividamento.
Ele destacou a importância de criar condições macro e microeconômicas saudáveis para o Brasil e disse: “não acredito em solução que não passe por aumento de produtividade e crescimento econômico”.
Durante um evento em São Paulo, organizado pelo Valor Econômico, Haddad comentou sobre mudanças no crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada.
Essas mudanças foram propostas enquanto o BC aumenta a taxa Selic para controlar o IPCA.
O ministro explicou que a medida do crédito consignado é “estrutural” e não depende da situação macroeconômica atual. Ele disse: “Evitar o superendividamento em função de juros altos não pode ser usado como pretexto”.
Haddad lembrou que a taxa de juro do crédito pessoal é de 5% a 6% ao mês. “Às vezes, não foi a dívida que superendividou a pessoa, mas sim o juro”, acrescentou.
Ele ressaltou que muitos trabalhadores pedem crédito devido a imprevistos ou emergências, causando um ciclo de dificuldades financeiras.