Medidas paliativas não resolverão a crise brasileira
Medidas temporárias do governo visam conter a inflação, mas não solucionam os problemas estruturais da economia brasileira. A falta de reformas fiscais e administrativas perpetua a crise e afasta investidores, exigindo ações mais robustas e sustentáveis para o futuro do país.
Brasileiros preocupados com a inflação enfrentam desafios econômicos relacionados às contas públicas.
O governo, em busca de recuperar a popularidade, anunciou medidas para conter a alta de preços e aumentar o poder de compra, incluindo:
- Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000;
- Programas como Pé-de-Meia e reajuste do Vale-Gás;
- Liberação do saldo do FGTS para 12 milhões;
- Isenção do imposto de importação para alimentos.
Essas ações, porém, são paliativas e não resolvem o deficit orçamentário, responsável pela inflação alta e aumento da taxa de juros.
O Brasil terminou 2024 com um deficit de R$ 43 bilhões, apesar de arrecadação recorde. Os gastos do governo atingiram R$ 2,2 trilhões.
A solução requer:
- Corte de gastos;
- Maior previsibilidade.
Uma reforma administrativa é essencial para reduzir o inchaço da máquina pública. A reforma tributária mostrou que o governo pode avançar em questões importantes.
Para atrair investidores, o país necessita de estabilidade econômica e regras claras. O governo deve evitar iniciativas dispersas e focar no crescimento sustentável.
O futuro do Brasil depende de um diálogo eficaz com o setor produtivo e soluções concretas que respeitem a responsabilidade fiscal. Medidas paliativas não resolverão a crise atual.