Megaexposições de arte exigem logística global e milhões em seguros
São Paulo se prepara para receber manifestações artísticas de renome mundial com exposições de Monet e Warhol. Ambas as mostras exigem um extenso planejamento logístico e a colaboração de uma equipe multidisciplinar para garantir a segurança e integridade das obras.
São Paulo receberá, no 1º trimestre de 2025, duas megaexposições internacionais: “A Ecologia de Monet” no Masp e “Andy Warhol: Pop Art!” no MAB-Faap. Esses eventos exigem anos de planejamento e investimentos milionários em logística e segurança.
A exposição de Monet, inaugurada em 16 de maio, apresenta 32 obras raras do período impressionista, atraindo 37.470 visitantes em apenas 10 dias. Em comparação, a mostra anterior “Tarsila Popular” teve um recorde de 402.850 visitantes.
Já a retrospectiva de Warhol conta com mais de 600 obras em 2.000 m², sendo a maior do artista realizada fora dos Estados Unidos. A logística do transporte das obras é destaque, com informações de que 50% dos sinistros em arte ocorreram durante deslocamentos, o que justifica protocolos rigorosos.
A exposição de Warhol teve negociações que duraram 3 anos, resultando no envio de parte significativa do acervo do The Andy Warhol Museum ao Brasil. As obras foram transportadas em três carregamentos separados.
O processo de entrada das obras no Brasil é burocrático, envolvendo despachantes, o Ministério das Relações Exteriores e o Ibram. As obras passam por uma quarentena para aclimatação e análises detalhadas ao serem abertas.
Uma equipe multidisciplinar é mobilizada para garantir a segurança e qualidade da experiência do público. Os orçamentos para exposições variam, com seguros podendo representar até 87% do total. O processo de devolução das obras segue o mesmo rigor logístico da chegada.
Segundo Buonano, o Brasil já atinge padrões internacionais de excelência no setor museológico e integra o Conselho Internacional de Museologia (Icom), facilitando a recepção de exposições de relevância mundial.