Megale: BC corta juros em 2026, mas incerteza em 2027 lá fora e aqui cria dificuldade
Análise do economista Caio Megale aponta que a taxa de juros deve permanecer alta até o segundo trimestre de 2024, influenciada pelas incertezas eleitorais e econômicas. A expectativa é de que o Banco Central comece a considerar cortes na Selic apenas com uma visão mais clara da política econômica para 2027.
Incertezas econômicas marcam eleições no Brasil em 2026
A combinação das eleições no Brasil e das inseguranças globais gera incertezas econômicas. Segundo Caio Megale, economista-chefe da XP, a taxa de juros deve permanecer em 15% até o segundo trimestre de 2024.
Megale afirmou que a economia sentirá os efeitos da taxa elevada até que a inflação se aproxime da meta. Ele acredita que, no início de 2024, o Banco Central poderá considerar cortes na taxa, dependendo do cenário econômico para 2027.
Contudo, há dúvidas sobre a política econômica futura, especialmente com as eleições presidenciais programadas para outubro de 2026 e as incertezas globais.
O Banco Central, por sua vez, indica que a taxa de juros deve se manter em 15% por tempo considerável. A última decisão do Copom foi pela manutenção dessa taxa, com um aumento recente de 0,25 ponto percentual.
Megale destaca que a atividade econômica ainda apresenta aquecimento, mas indica uma possível desaceleração.
Para o final de 2026, a previsão da XP é que a inflação esteja em torno de 4% e a taxa Selic em 12%.