Megaoperação é 'marco decisivo' para desmontar teia da estrutura financeira do crime organizado, diz Febraban
A Federação Brasileira de Bancos destaca a importância da operação Carbono Oculto na luta contra o crime organizado e na necessidade de rigorosos controles no sistema financeiro. A ação evidenciou o papel de fintechs e fundos de investimento na lavagem de dinheiro e aponta para a urgência de regulamentação para instituições financeiras.
A megaoperação Carbono Oculto, deflagrada em 28 de setembro, visa desarticular um esquema de fraude e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) considera a ação fundamental para identificar os agentes do sistema financeiro ligados ao crime organizado.
A operação revelou o uso de fintechs e fundos de investimento para a lavagem de dinheiro. A Febraban enfatiza que o evento é um marco decisivo no combate à criminalidade no Brasil, visando desmontar a estrutura financeira do crime.
Segundo a entidade, existe um desequilíbrio entre inovação no mercado e a segurança do sistema financeiro. Ela destaca a necessidade de investigar e punir instituições que, autorizadas ou não pelo Banco Central, utilizam suas estruturas para atividades ilícitas.
A Febraban alerta que nem todas as instituições que operam no país possuem autorização do Banco Central, aumentando os riscos financeiros. A entidade propõe que o prazo para regularização dessas instituições seja encurtado.
Além disso, todos os agentes financeiros devem ter uma política rigorosa de integridade e ferramentas para monitorar operações suspeitas. Os bancos têm a obrigação de cumprir todas as normas legais e regulatórias. A concorrência é bem-vinda, mas deve ocorrer em condições de igualdade quanto à prevenção de crimes financeiros.