Megaoperação investiga combustíveis adulterados com até 90% de metanol; saiba os riscos
Megaoperação revela esquema de adulteração de combustíveis pelo PCC, colocando em risco a integridade de veículos. Especialistas alertam para os perigos do uso de metanol, que pode causar danos irreversíveis ao motor.
Investigações do PCC revelam esquema de desvio de metanol e adulteração de combustíveis em São Paulo.
Durante a megaoperação, alguns postos tinham até 90% de metanol em seus combustíveis, quando o máximo permitido pela ANP é 0,5%.
O metanol, um solvente industrial e matéria-prima de formol, é inflamável e tóxico, causando danos sérios ao motor. O presidente do ICL, Emerson Kapaz, alerta que a adulteração pode resultar em corrosão e fusão do motor sem que o motorista perceba imediatamente.
Além do metanol, a gasolina pode ser irregularmente misturada com até 30% de etanol anidro. Misturas superiores geram problemas em veículos não "flex".
Em 2024, mais 600 mil veículos já apresentaram problemas relacionados a combustíveis adulterados.
Kapaz aponta que o metanol pode aparentar funcionar normalmente, dificultando a percepção de adulteração. O uso de metanol era comum em competições, porém proibido devido à toxicidade.
Para identificar postos suspeitos, recomenda-se observar:
- Preços muito abaixo da média.
- Medidores de gasolina adulterados.
A ANP é responsável pela fiscalização e denúncias podem ser feitas no Fala.BR. Reclamações também são aceitas no Procon. Motoristas podem solicitar teste de qualidade no ato do abastecimento.
O combustível deve ser límpido, variar entre incolor e amarelo, e ter características específicas conforme a ANP.