Membros do governo Trump incluem jornalista em chat por engano e compartilham plano militar confidencial
Funcionários do governo dos EUA admitem vazamento de informações sensíveis sobre ataques militares em grupo de mensagens não autorizado. A situação gerou críticas e amplia o debate sobre segurança e responsabilidade na comunicação governamental.
Oficiais de alto escalão dos EUA, como o vice-presidente e o secretário de Defesa, compartilharam acidentalmente detalhes confidenciais dos ataques militares no Iêmen em um grupo de mensagens não oficial.
A violação de segurança, confirmada pelo governo, ocorreu quando Jeffrey Goldberg, editor da revista “The Atlantic”, foi adicionado por engano ao chat da plataforma Signal pelo conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz.
Entre os envolvidos estavam J.D. Vance e Pete Hegseth, que discutiram detalhes operacionais de uma ação militar significativa do presidente Donald Trump, criticando aliados europeus por "se aproveitarem" dos EUA.
A reportagem de Goldberg revelou comunicações que expressavam desprezo pelos aliados e sugeriam que eles deveriam financiar a operação. O Conselho de Segurança Nacional (NSC) confirmou a veracidade das mensagens.
Brian Hughes, porta-voz do NSC, declarou que estão analisando como o número inadvertido foi adicionado. É importante notar que o Signal não é aprovado para informações confidenciais.
Vance sugeriu que a ameaça dos houthis era mais uma questão europeia, expressando preocupações sobre os custos dos ataques e o impacto nos preços do petróleo.
Além disso, outros membros propuseram que a Europa compensasse os EUA pelos ataques, e Stephen Miller sugeriu que ganhos econômicos fossem extraídos em troca da restauração da liberdade de navegação.
Hegseth compartilhou o desprezo de Vance pela “exploração europeia”. Trump, ao comentar, afirmou não saber “nada sobre” o chat vazado e criticou a revista “The Atlantic”.
A situação gerou um grande alvoroço na capital dos EUA, com políticos democratas criticando a incompetência do governo Trump.