HOME FEEDBACK

MEMÓRIA: Sebastião Salgado, o fotógrafo do humano

Sebastião Salgado, reconhecido mundialmente por suas poderosas fotografias que retratam a condição humana e a natureza, faleceu em Paris aos 81 anos. A presença do artista impactou gerações, trazendo à luz questões sociais e ambientais com sua obra única.

Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro, faleceu hoje em Paris aos 81 anos. A causa da morte foi leucemia, resultante de complicações de malária contraída em 2010, enquanto trabalhava em seu livro Gênesis.

Conforme a Academia Francesa de Belas Artes, sua obra "deixa um grande testemunho da condição humana e do estado do planeta." O fotógrafo João Farkas o descreveu como "talvez o mais relevante fotógrafo de sua geração."

Nascido em 8 de fevereiro de 1944, em Aimorés, Minas Gerais, Salgado abandonou um emprego seguro em Londres aos 26 anos para seguir a carreira de fotógrafo. Formado em Economia pela Universidade Federal de Vitória, mudou-se para Paris, onde enfrentou dificuldades no início, morando em um pequeno quarto.

Trabalhou para agências como Sygma, Gamma e Magnum, e ficou famoso após registrar a tentativa de assassinato de Ronald Reagan em 1981. Seus trabalhos abordaram temas como a guerra civil em Ruanda, a fome em Sudão, as misérias de Bangladesh, e as belezas naturais da Amazônia.

A sua história foi documentada no filme O Sal da Terra, de Wim Wenders, onde ele reflete sobre seu legado e o reflorestamento de sua fazenda em Aimorés. Salgado deixa sua esposa Lelia Wanick e os filhos Juliano e Rodrigo.

Leia mais em braziljournal