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Memórias póstumas de Navalni são documento histórico da oposição a Vladimir Putin na Rússia

Alexei Navalni narra sua trajetória de resistência contra o governo de Vladimir Putin em suas memórias, "Patriota". O livro revela sua infância na União Soviética, sua luta política e as dolorosas experiências na prisão, culminando em uma reflexão sobre sua missão e legado.

Alexei Navalni, opositor russo e crítico feroz de Vladimir Putin, lançou suas memórias intituladas "Patriota" após quase morrer envenenado em 2020. O livro começa com seu colapso em um avião, devido a um ataque com uma substância neurotóxica do Kremlin, e termina com um epílogo póstumo escrito por sua esposa, Yulia.

Navalni compartilha detalhes da sua infância na União Soviética, suas experiências de vida sob o regime e suas novas incursões na política. Desde o início, ele se destacou por sua coragem e provocação, denunciando a corrupção e a opressão do Kremlin em vídeos viralizados.

O opositor foi preso diversas vezes e enfrentou condições desumanas no sistema penitenciário russo, onde enfrentou temperaturas extremas e dificuldades médicas. Apesar disso, ele conseguiu imprimir um senso de humor ao relato, como ao brincar sobre sua situação.

No livro, Navalni reflete sobre sua decisão de retornar à Rússia em 2021, ciente de que seria preso ao desembarcar. Ele foi condenado a 19 anos de prisão por supostos crimes políticos e lamenta não poder ver seus filhos e esposa novamente, temendo pela segurança da família.

Navalni morreu em 16 de fevereiro de 2024, enquanto cumpria pena. O Kremlin alegou que sua morte se deu por problemas de saúde, sem investigar possíveis crimes. Seu livro, agora publicado postumamente, se tornou um documento importante na história da Rússia sob o regime de Putin.

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