Menor safra de laranja desde 1989 termina com queda de 24,85% em SP e MG
Queda drástica na colheita de laranjas é marcada por condições climáticas adversas e a proliferação do greening. Brasil, maior exportador de suco de laranja, enfrenta baixa histórica nos estoques da fruta.
Menor safra de laranja em mais de três décadas foi registrada no cinturão citrícola no interior de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, com queda de 24,85% na safra 2024/25 em relação à anterior.
O Fundecitrus divulgou, nesta quinta-feira (10), que a colheita foi de 230,87 milhões de caixas, 0,65% abaixo da previsão inicial de 232,38 milhões.
Esse cenário já pressiona o mercado global, uma vez que o Brasil responde por 75% do comércio internacional de suco de laranja.
Os estoques de suco atingiram, em dezembro, o menor volume histórico: 351.483 toneladas, 24,2% a menos que no ano anterior.
A safra 24/25 é a segunda pior nos últimos 37 anos, devido a condições climáticas adversas e à severidade do greening, a pior doença da citricultura.
A situação atual só é melhor que a safra de 1988/89 (214 milhões de caixas). Segundo Juliano Ayres, diretor-executivo do Fundecitrus, o clima seco e quente reduziu a quantidade e o peso dos frutos.
A taxa média de queda ficou em 17,8%, ou cerca de 50 milhões de caixas. O greening causou perdas de 25 milhões de caixas, seguido de bicho-furão e moscas-das-frutas.
Outra doença preocupante é a podridão de ramo, relacionada ao estresse das plantas. A previsão para a safra 2025/26 será divulgada em maio pelo Fundecitrus.