Mercadinhos de condomínio crescem 53% em 2024; supermercados caem 10%
Crescimento dos "mercadinhos de prédio" reflete uma mudança no perfil do setor supermercadista em São Paulo, enquanto supermercados tradicionais enfrentam queda nas vendas. O aumento nas novas lojas e a diversidade da força de trabalho destacam a adaptação do mercado às novas demandas dos consumidores.
Crescimento dos Mercadinhos de Prédio: Em 2024, os "mercadinhos de prédio" cresceram 53,5% em comparação ao ano anterior, conforme dados da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
Esses estabelecimentos são abertos 24 horas e localizados em áreas de lazer de edifícios, oferecendo conveniência a poucos passos.
Enquanto isso, os formatos tradicionais de supermercados e hipermercados enfrentaram uma queda de 10,1%. Outros setores também mostraram crescimento:
- Hortifrútis: 23,6%
- Minimercados: 11,1%
- Atacadistas: 8,1%
No total, há 26.965 estabelecimentos do setor em São Paulo:
- Micro e pequeno porte: 65%
- Médio porte: 16%
- Grande porte: 19%
Carlos Correa, diretor-geral da Apas, destaca que o setor está mudando: “Hoje, pequenas e médias redes buscam uma relação mais próxima com os consumidores”.
A franquia Oxxo, exemplo discutido, possui 600 lojas no Brasil e é vista como um modelo de sucesso em cidades com alta densidade populacional.
O setor supermercadista paulista representa 30,7% do faturamento nacional e contribui com 2,8% do PIB. Em 2024, faturou R$ 328 bilhões, com crescimento real de 3% em relação a 2023.
A cidade de São Paulo foi responsável por 38,7% das novas lojas, com 1.466 inauguradas e 434 fechadas. O crescimento médio no estado foi de 11%.
Felipe Queiróz, economista-chefe da Apas, afirma: “Não estamos tão pessimistas quanto o mercado financeiro”, notando a diminuição da inflação em alimentos.
O presidente da Apas, Erlon Ortega, observa aumento de 1,2% na faixa etária acima de 50 anos entre os trabalhadores do setor, que possuem salários médios entre R$ 2.407 e R$ 2.506.
A presença de mulheres no setor também cresceu, com 75% das novas 22 mil vagas ocupadas em 2024. No Brasil, o setor conta com 357 mil vagas abertas.
Houvesse um aumento significativo em contratação de funcionários com deficiência, com alta de 24,2% entre 2020 e 2024, reforçando as políticas de inclusão.