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Mercado brasileiro de luxo cresce e desafia tendência global de desaceleração

O Brasil se destaca em meio à crise global do setor de luxo, apresentando crescimento no consumo de bens exclusivos. Novas marcas chegam ao país, refletindo o aumento da demanda por produtos de alto valor entre os consumidores brasileiros.

A crise no mercado global de luxo não atingiu o consumidor brasileiro. Apesar da desaceleração em mercados como Estados Unidos, Europa, e China, o Brasil demonstra aumento no interesse por bens exclusivos.

Esse movimento é evidenciado pela expansão de lojas de luxo e novas marcas surgindo, como a japonesa Comme Des Garçons, a californiana Alo Yoga, a espanhola Loewe, e a Le Labo Fragrances.

De acordo com um estudo da consultoria Bain, o mercado global de luxo deve registrar uma queda de até 3% em 2024, enquanto a América Latina, especialmente Brasil e México, continua em crescimento.

No Brasil, o mercado movimentou R$ 74 bilhões em 2022, com expectativa de atingir R$ 133 bilhões até 2030. O número de consumidores de luxo cresceu de 730 mil em 2014 para 1,3 milhão em 2022, e a riqueza total desse grupo deve chegar a US$ 1,1 trilhão até 2030.

A Tiffany & Co é um exemplo de crescimento, inaugurando sua primeira unidade flagship da América Latina em São Paulo, com planos de abrir mais lojas. O CEO, Anthony Ledru, afirmou que o Brasil é um dos dez maiores mercados de luxo no mundo.

O aumento das vendas no Brasil, que atingiu 12% no ano passado, é atribuído a diversos fatores, incluindo o aumento da renda e a preferência por experiências de consumo.

Enquanto o Brasil cresce, o mercado global enfrenta desafios, com 50 milhões de consumidores de luxo a menos de 2022 a 2024, devido a mudanças de comportamento e uma desaceleração na economia chinesa.

Grandes marcas como LVMH, Burberry, e Kering enfrentam queda na valorização, refletindo um desempenho financeiro pior. Porém, a Hermès se destaca com a venda de produtos exclusivos, como a bolsa Birkin, que permanece em alta demanda.

Em suma, o Brasil se destaca como um mercado emergente no consumo de produtos de luxo, traduzindo uma forte contrapartida à tendência global de retração.

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