Mercado de ETFs avança no Brasil, mas ainda há desafios para os fundos; entenda
Executivos do setor discutem as oportunidades e desafios para a expansão da indústria de fundos no Brasil. Entre os temas abordados, os ETFs e a gestão de diferentes classes de ativos foram destaque nas conversas.
A indústria de fundos no Brasil tem apresentado forte crescimento, mas ainda possui amplos caminhos de expansão. Executivos de grandes gestoras discutiram os rumos do segmento durante o TAG Summit 2025, em São Paulo (SP).
Alexandre Rezende, sócio-fundador da Oceana Investimentos, comentou sobre os ETFs (fundos de índice), que chegaram como novidade ao mercado brasileiro.
Segundo Rezende, os ETFs são atraentes para investidores de menor sofisticação:
- “Uma solução barata”
- Na comparação com os EUA, 75% dos gestores não superavam índices como o S&P 500.
No entanto, ele acredita que no Brasil os ETFs não têm ganhado espaço, pois as gestoras costumam ter performance superior, devido às características do índice brasileiro, que é pesado em commodities e bancos.
Rezende comenta: “Não acredito muito no ETF para investidores mais sofisticados.”
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset, afirma que a indústria de fundos deve avançar com estratégias diversificadas e produtos estruturados.
James Oliveira, sócio-fundador da Vinland Capital, destaca que a indústria está em estágios iniciais e deve se adaptar a diferentes cenários econômicos, ressaltando a importância da qualidade na análise e decisão.