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Mercado de trabalho aquecido sustenta reajustes salariais, mas ganho acima da inflação perde força

Com investimentos e negociações salariais em alta, os trabalhadores brasileiros estão conseguindo reajustes acima da inflação. O fortalecimento do mercado de trabalho deve persistir até o fim do ano, mantendo a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos.

Mercado de Trabalho Aquece

Os brasileiros estão conseguindo reajustes salariais acima da inflação em 2025, apesar de um crescimento moderado. A inflação tem limitado ganhos mais expressivos.

Até agora, o emprego tem se mostrado forte, dando poder de negociação aos trabalhadores. Em abril, o reajuste nominal mediano foi de 5,7% enquanto o INPC alcançou 5,2%.

Em comparação, em abril de 2024, o reajuste foi de 4,5% e a inflação 3,4%, resultando em um ganho real de 0,5%, uma queda em relação ao ano anterior.

O professor Helio Zylberstajn comentou que as empresas estão resistindo a grandes aumentos reais devido à inflação crescente.

Os dados do salariômetro mostram que, até março, 78,4% dos reajustes superaram o INPC, refletindo um mercado de trabalho robusto. A taxa de desemprego é de 6,2%, com 103,9 milhões empregados no Brasil.

O saldo de emprego formal entre janeiro e abril foi de 922.362 postos, próximo aos dados do ano anterior. O analista Matheus Ferreira identificou uma perda de tração na geração de vagas, mas ainda considerada expressiva.

A renda real cresceu 3,1% no trimestre, com setores como a construção civil tendo aumento de 7,7%.

O Banco Central observa a força do mercado de trabalho em meio a uma economia aquecida, destacando a desaceleração nos rendimentos ainda em patamar elevado. A previsão é de uma taxa de desemprego de 6,3% em 2025.

O cenário é otimista, com analistas prevendo um mercado forte até o fim do ano e uma renda real do trabalho avançando 3,2% em 2025.

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