Mercado e indústria criticam proposta do governo Lula de elevar IOF
Especialistas destacam que o aumento das alíquotas do IOF elevará os custos das empresas e pode inibir os investimentos. Críticas generalizadas surgem de diversas entidades preocupadas com os impactos na atividade econômica e na competitividade.
Críticas às Propostas de Aumento do IOF
Entidades e especialistas se manifestaram contra as propostas do governo que visam aumentar as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou parcialmente, mas as taxas sobre crédito empresarial serão ampliadas.
O IOF é um imposto regulatório que pode ser modificado via decreto, sem aprovação do Congresso. Analistas afirmam que isso encarece o custo Brasil e prejudica os lucros das empresas.
Bruno Henriques, do BTG Pactual, destacou que a revisão afeta várias áreas, como câmbio, planos de previdência VGBL, e crédito para empresas. Ele observou impacto negativo também sobre cartões de crédito e contribuições elevadas em VGBL.
Um relatório do BTG indicou que o anúncio das novas alíquotas foi “inesperado” e gerou reações negativas. A probabilidade de reversão total da taxação sobre transferências internacionais foi mencionada.
A Anbima expressou preocupação com o decreto, enfatizando que fundos de investimento financiam grande parte das dívidas do país. Uma revisão no decreto, feita em 22 de maio, trouxe elogios, mas também apontou preocupações com pontos negativos.
A Fiesp alertou que o aumento de custos afetará a atividade econômica e investimentos, prejudicando indústrias que já enfrentam dificuldades. A Unecs complementou que os aumentos penalizam empresas, especialmente micro e pequenas, que dependem de crédito a curto prazo.
A Abit criticou o uso do IOF como um instrumento fiscal, afirmando que isso desestimula a criação de empregos e contraria os esforços de reindustrialização. A Susep não fez críticas, mas destacou o impacto do IOF sobre planos VGBL.
O Levante Ideias de Investimentos comentou a falta de aviso prévio sobre o aumento. As alíquotas de contratação subiram significativamente, elevando custos de crédito e podendo inibir empréstimos por parte de empresas.
A análise finalizou ressaltando que as novas medidas aumentam o custo Brasil, diminuem lucros e travam o crescimento econômico.