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Mercado Livre: frete grátis dá força a alta de 34% na receita, com foco em longo prazo

Mercado Livre apresenta crescimento na receita, mas fica aquém das expectativas de lucro líquido, resultando em queda nas ações. A empresa aposta em frete grátis para impulsionar vendas no Brasil, mesmo com pressão para equilibrar crescimento e lucratividade.

Ações do Mercado Livre caíram no after market da Nasdaq após lucro líquido abaixo das expectativas.

A receita trimestral cresceu 34%, somando US$ 6,8 bilhões, superando a previsão de US$ 6,6 bilhões.

O lucro líquido de US$ 523 milhões não atendeu a estimativa de US$ 612 milhões, resultando em uma queda das ações de até 8,3%.

Investidores exigem que a empresa equilibre crescimento e lucratividade. As ações recuaram após um recorde em junho, influenciadas por desafios econômicos.

Analistas destacam que os investimentos em frete grátis e marketing são essenciais, embora possam reduzir a lucratividade a curto prazo.

A receita no Brasil foi impulsionada pela expansão do frete grátis para pedidos acima de R$ 20. O CFO Martin de los Santos afirmou que essa estratégia é um passo ousado para atrair mais clientes.

Em 2026, Ariel Szarfsztejn assumirá como CEO, substituindo Marcos Galperin. A transição de liderança foi anunciada em maio.

O maior crescimento na Argentina contribuiu para a queda do lucro líquido devido a impostos mais altos.

O Mercado Livre possui quase 71 milhões de compradores únicos e seu braço financeiro, o Mercado Pago, processou US$ 64,6 bilhões em pagamentos, um aumento de 39% em relação ao ano anterior. A unidade de crédito quase dobrou, alcançando US$ 9,3 bilhões.

Executivos ressaltam que o uso de inteligência artificial é fundamental para o sucesso nos negócios de crédito e publicidade.

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