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Mercado Livre vê lucro e margens pressionados por investimentos e frete grátis

Resultados do Mercado Livre no segundo trimestre de 2025 ficam abaixo das expectativas, mas o crescimento sólido da receita e iniciativas estratégicas oferecem perspectiva positiva a longo prazo. A análise de bancos e corretoras revela um panorama misto, com pressão sobre margens e lucros, mas confiança no crescimento do e-commerce.

Mercado Livre (BDR: MELI34) apresentou resultados fracos no 2º trimestre de 2025. Ações na Nasdaq inicialmente caíram, mas recuperaram, subindo 0,37% para US$ 2.404,81 às 11h45 (Brasília).

A avaliação da XP destaca que os números estão em linha com estimativas internas, mas abaixo do consenso. A receita cresceu, mas a margem EBIT sofreu pressão devido a investimentos em marketing, frete grátis e expansão do crédito.

O volume bruto negociado (GMV) cresceu 37%, com bom desempenho no Brasil (+29%), Argentina (+75%) e México (+32%). O lucro líquido foi de US$ 523 milhões, 14% abaixo das projeções da XP, por queda nos resultados operacionais e perdas cambiais.

A Genial Investimentos nota que a queda das ações no after-market não reflete todo o cenário. Parte disso se deve à subestimação do impacto dos investimentos. Redução do ticket mínimo para frete grátis pressionou o EBIT para US$ 825 milhões e a margem operacional caiu 2,1 p.p..

A estratégia de ampliar o frete grátis visou aumentar o engajamento e proteger a participação de mercado. Resultados no México ajudaram, mas a Argentina enfrentou desafios por inflação baixa.

A Ativa Investimentos aponta resultados mistos: receita de US$ 6,8 bilhões (alta de 34%), mas lucros pressionados por câmbio e despesas. O GMV foi de US$ 15,3 bilhões. Margem operacional foi de 12,2%, abaixo do esperado.

O BTG observou que o lucro veio 17% abaixo do previsto, afetado por impostos e perdas cambiais. O crédito continua a expandir, mas com menor NIMAL, devido a provisões e cartões de crédito. O fluxo de caixa livre foi de US$ 454 milhões.

O Bradesco BBI vê EBIT entre 3% e 8% abaixo das expectativas. Contudo, acredita em crescimento acima de 30% em dólares a longo prazo.

O Morgan Stanley destacou a estratégia de frete grátis e a aceleração no GMV, prevendo que trará redução de custos logísticos. Mantém recomendação de compra e preço-alvo de US$ 2.850.

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