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Mercado prevê salto no petróleo com ataques a Irã

O bombardeio dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã deve provocar aumento significativo nos preços do petróleo e volatilidade nos mercados globais. Especialistas alertam para a possibilidade de retaliações que podem afetar o fluxo de petróleo pelo Estreito de Ormuz, alterando o cenário econômico mundial.

Bombardeio americano no Irã causa tensão nos mercados globais

O bombardeio dos EUA a instalações nucleares no Irã pode elevar os preços do petróleo para US$ 90 a US$ 130, segundo especialistas. A variação dependerá da resposta de Teerã e da ameaça de fechamento do Estreito de Ormuz, vital para 20% da produção petrolífera mundial.

Após o ataque, o presidente Donald Trump declarou nas redes sociais que foi um “ataque bem-sucedido”, enquanto o Irã chamou a ação de “ataque militar selvagem”. O Parlamento iraniano aprovou uma moção para bloquear Ormuz, que será analisada pelo Conselho de Segurança Nacional.

Analistas alertam que esse evento pode alterar as expectativas de mercado, influenciando inflação e taxas de juros. O CEO do deVere Group, Nigel Green, destacou que o preço do barril pode subir drasticamente caso haja retaliação.

Cenários projetam volatilidade nos mercados, com ações emergentes e brasileiras enfrentando pressão. Por outro lado, petroleiras brasileiras podem se beneficiar com um aumento nos preços. Hugo Queiroz, da L4 Capital, prevê preços entre US$ 90 e US$ 100 no curto prazo, mas considera o choque localizado.

A incerteza em torno de Ormuz gera diferenças nas previsões: o Polymarket aponta 63% de chance de fechamento, enquanto a Eurasia vê apenas 20%. Analistas destacam que isso poderia impactar a inflação global e as decisões do Federal Reserve (Fed) dos EUA.

Alguns analistas, como Bill Ackman, veem um viés positivo, sugerindo que a ofensiva pode beneficiar a Ucrânia. Contudo, a diplomacia na região permanece travada, aumentando a incerteza nos mercados.

No Brasil, a alta do petróleo pode melhorar a balança comercial, mas um repique inflacionário é uma preocupação. Com os dois lados em alerta, investidores seguem monitorando de perto os desdobramentos no Golfo Pérsico.

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