Mercado reduz projeções para dívida pública em 2025 e 2026, mostra Prisma
Previsões indicam redução na dívida pública brasileira para 2025 e 2026, mas expectativas para o resultado primário pioram. Economistas expressam preocupações com a sustentabilidade das contas públicas em meio ao cenário eleitoral e aumento nos juros.
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram previsões para a dívida pública bruta brasileira em 2025 e 2026, mas pioraram a estimativa para o resultado primário em 2024, segundo o relatório Prisma Fiscal de maio.
A nova previsão indica que a dívida bruta do governo deve chegar a 80,30% do PIB em 2025, levemente inferior aos 80,50% projetados anteriormente. Já para 2026, a expectativa é de 84,49%, em comparação com 84,55% da projeção anterior.
Em relação ao resultado primário, a expectativa mediana agora é de um saldo negativo de R$ 72,687 bilhões em 2025, melhor que o R$ 73,657 bilhões estimados antes. Para 2026, o déficit projetado é de R$ 80,690 bilhões, acima de R$ 78,157 bilhões previstos no mês passado.
Essas estimativas estão distantes das metas do governo: déficit zero em 2025 e superávit de 0,25% do PIB em 2026. A preocupação do mercado gira em torno da capacidade do governo de reverter a trajetória das contas públicas, especialmente com a aproximação do ano eleitoral e o impacto do aumento das taxas de juros.
Na busca por aumentar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica está preparando medidas para cumprir a meta fiscal.
As previsões para a receita líquida do governo melhoraram, com expectativa de R$ 2,313 trilhões em 2025 e R$ 2,464 trilhões em 2026. Já as despesas totais foram ajustadas para R$ 2,383 trilhões este ano e R$ 2,545 trilhões em 2026.