Mercado retira prêmios da curva de juros após governo voltar atrás sobre IOF
Mercado ajusta taxas dos DIs após reversão parcial de medidas do IOF pelo governo. Mudanças resultaram em leve recuo das taxas futuras, aliviando a pressão causada por anúncios anteriores.
Taxas dos DIs ajustaram-se no encerramento da semana, influenciadas pela reversão de medidas de aumento de IOF pelo governo Lula.
Na sexta-feira, houve leve recuo nas taxas futuras de prazos curtos e leve alta nos vencimentos longos. A taxa do DI para janeiro de 2026 fechou em 14,745%, a de janeiro de 2027 em 14%, e a de janeiro de 2031 em 13,84%.
O governo anunciou aumentos do IOF na quinta-feira, o que resultou em reações negativas do mercado, levando a avançar das taxas e do dólar futuro. No entanto, após o Ministério da Fazenda reverter algumas mudanças, as taxas se ajustaram de forma mais saudável na sexta.
As principais modificações no IOF incluem a manutenção da alíquota em zero sobre aplicações em fundos de investimento no exterior e 1,1% em remessas para investimentos.
O impacto fiscal da reversão foi considerado baixo, com uma previsão de perda de R$6 bilhões até 2026.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, elogiou a reação rápida do Ministério da Fazenda e destacou a necessidade de cautela na política monetária, mantendo a Selic atual de 14,75% com 91% de probabilidade de manutenção em junho.
No cenário internacional, o foco estava nos receios sobre a economia dos EUA, que teve menor impacto nas taxas dos DIs nesta sexta.