Mercado vê cenário negativo para economia global
Analistas avaliam que a tarifa de 10% imposta por Trump ao Brasil pode ser menos prejudicial do que inicialmente esperado, mas ressalvam os riscos de uma desaceleração da economia global. Em meio a essa análise, o governo brasileiro se manifesta preocupado com possíveis violações de compromissos internacionais pelos EUA.
Tarifas de 10% do governo dos EUA geram reações diversas no Brasil e no mercado global.
Enquanto analistas consideram a tarifa barata, investidores temem por um impacto negativo na economia global. As bolsas de Nova York despencaram entre 3% e 4%, mas o Ibovespa registrou uma leve alta de 1% na abertura.
Dólar perde força globalmente, e contratos futuros de petróleo caem cerca de 6%.
Expertos alertam que as tarifas podem levar a uma recessão na economia americana, com aumento de preços e repassando custos ao consumidor.
André Valério, economista do banco Inter, título a recessão em análise de mercado, e Sergio Vale, da MB Associados, critica a falta de compreensão de Trump sobre as consequências econômicas.
Possibilidade de cortes de juros pelo Fed é mencionada, podendo resultar em um dólar mais fraco e afetar o real contra a moeda americana.
Em um cenário positivo, tarifas de 10% são consideradas baixas, integrando o Brasil a um grupo de países menos afetados. As alíquotas entram em vigor em 5 de abril.
No entanto, governo brasileiro manifesta preocupação, alegando que Trump violou compromissos da OMC e não descarta recorrer.
Ex-secretário Welber Barral acredita que a situação poderia ter sido pior se não fosse o trabalho do governo brasileiro.
Expertos ponderam que o Brasil pode ganhar competitividade em mercados onde concorre com os EUA, apesar de tarifas adicionais em setores como alumínio e aço.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) planeja uma missão aos EUA para estreitar laços e expressa preocupação com dificuldades nas exportações ao mercado americano.