Mercados avaliarão se palavras bastam após conversas entre EUA e China
Após negociações comerciais entre EUA e China, investidores aguardam clareza sobre reduções tarifárias que podem impactar o apetite por risco nos mercados. Expectativa é de que o progresso nas conversas traga alívio, mas cautela persiste até que detalhes concretos sejam apresentados.
Mercados financeiros reabrem após negociações EUA-China em Genebra, onde houve “progresso substancial”, mas com poucos detalhes. O Secretário do Tesouro dos EUA e o Representante Comercial informaram que compartilharão mais informações na segunda-feira.
As cotações no mercado cambial mostram queda do euro e do iene frente ao dólar, enquanto o yuan offshore valorizou-se levemente.
Investidores buscam sinais de uma trégua na guerra comercial, que pode impactar as economias globalmente, caso as tarifas continuem a subir.
Wall Street terminou a sexta-feira com cautela, apesar do otimismo nas negociações. Existe expectativa de que a redução nas tensões comerciais possa impulsionar o apetite por risco.
As tarifas dos EUA sobre importações da China chegaram a 145%, enquanto a China impôs 125% sobre produtos americanos. O comércio bilateral anual gira em torno de US$ 700 bilhões.
As empresas americanas, como UPS e Ford, enfrentam incertezas nas projeções devido à incerteza tarifária. Em 2024, 6,1% da receita média do S&P 500 provirá de vendas na China.
A semana passada viu o maior ganho semanal do dólar desde março, mas ele ainda enfrenta o pior início de ano em duas décadas, com traders apostando em seu enfraquecimento.
As ações chinesas caíram levemente, mas o índice CSI 300 está próximo de recuperar perdas significativas. Estrategistas do Goldman Sachs elevaram suas metas para os índices MSCI China e CSI 300.
Os títulos do Tesouro dos EUA, considerados ativos de refúgio, também recuaram, elevando o rendimento dos papéis de 30 anos para 4,83%.