Mercados da Ásia têm abertura cautelosa à espera de negociação sobre guerra na Ucrânia
Mercados asiáticos enfrentam incerteza antes de negociações entre Trump e Zelenskiy. Expectativas moderadas acompanham a deterioração do sentimento do consumidor americano e decisões de política monetária em várias economias.
Mercados asiáticos devem iniciar de forma morna antes das negociações entre Donald Trump e Volodymyr Zelenskiy, após a cúpula EUA-Rússia encerrar sem acordo de cessar-fogo.
Contratos futuros de ações dos EUA mostram pouca variação no início do pregão, após o S&P 500 fechar em baixa na sexta-feira. O dólar permanece estável em relação aos principais pares.
O petróleo caiu, pois Trump não impôs tarifas adicionais à China sobre compras de energia russa. Antes de se encontrar com Vladimir Putin, Trump destacou que um cessar-fogo era sua principal exigência e ameaçou penalidades a Moscou se não fosse cumprido. No entanto, ele indicou que não há pressa para aplicar tais medidas.
Os investidores aguardam a reunião entre Trump e Zelenskiy na segunda-feira (18), enquanto detalhes das negociações EUA-Rússia são escassos.
Jordan Rochester, Chefe de Estratégia Macro da Mizuho Corp, observa que a reação do mercado poderá ser moderada, dependendo da disposição da Ucrânia em aceitar os termos da Rússia. A esperança, no entanto, pode manter em alta o sentimento de risco.
Futuros de ações asiáticas sugerem que os índices da região podem cair, acompanhando a tendência das ações americanas. O sentimento do consumidor americano se deteriorou, e as expectativas de inflação aumentaram.
Nesta semana, investidores estarão atentos a dados de inflação japonesa e às taxas preferenciais de empréstimos da China, com expectativas de mais estímulos em meio à guerra comercial de Trump.
Na Nova Zelândia, há expectativa de afrouxamento da política monetária pelo Banco da Reserva.
Além disso, dados de inflação do Reino Unido e da Zona do Euro devem ser divulgados, juntamente com uma leitura de crescimento na Alemanha. O discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em Jackson Hole, será aguardado em busca de orientação sobre um possível corte de juros em setembro.
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