Mercados de bairro encostam nos atacarejos na venda de itens como alimentos e produtos de higiene
Supermercados independentes mostram resiliência e continuam a atrair consumidores, mesmo com a popularização do atacarejo. Estabelecimentos de bairro representam 21% do faturamento do setor de consumo rápido, oferecendo produtos que atendem demandas locais e orçamentos reduzidos.
Atacarejos se destacam no Brasil pela oferta de preços baixos em compras de grandes volumes, mas os pequenos supermercados independentes também mantêm sua importância no mercado. Esses estabelecimentos de bairro representam 21% do faturamento do consumo rápido no País.
No último ano, os pequenos supermercados geraram R$ 230 bilhões em vendas, valor similar ao dos atacarejos, que detêm 22% do mercado. A proximidade é um dos fatores que garante a relevância dos pequenos comercios.
Com embalagens menores e preços acessíveis, esses supermercados atendem a um público que busca compras mais frequentes e de menor valor. Um exemplo é o Minimercado Irmãos Fiuza, que registrou 10% de aumento nas vendas ao adotar essa estratégia.
Os consumidores visitam pequenas lojas em média 74 vezes por ano, em comparação a 16 vezes em grandes redes, priorizando compras de reposição e emergência. O comportamento de compra tem mudado, com consumidores gastando menos por visita: R$ 44 em pequenos supermercados versus R$ 100 em atacarejos.
A despeito de preços mais altos em produtos prioritários, esses supermercados oferecem preços competitivos em itens não essenciais, mantendo assim sua relevância. Há um crescimento do pequeno varejo, que ocupa 95% do comércio no País, com potencial de expansão observado pela alta concorrência de grandes redes no segmento.
Consultores ressaltam que, enquanto as grandes redes buscam padronização, a proximidade pessoal e o atendimento personalizado dos pequenos varejistas são diferenciais que garantem sua sobrevivência e crescimento no mercado.