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Mercosul e bloco com Suíça e Noruega fecham acordo de livre comércio

Acordo de livre comércio entre Mercosul e Efta promete impulsionar trocas comerciais e modernizar cadeias produtivas. Os países do bloco sul-americano terão acesso preferencial a diversos produtos dos mercados europeu e nórdico.

Mercosul e Efta firmaram um acordo de livre comércio em Buenos Aires, nesta quarta-feira (2).

O acordo abrange 290 milhões de consumidores e um PIB de US$ 4,39 trilhões. Resultado de oito anos de negociações, ele proporciona acesso preferencial dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia) aos mercados da Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

Segundo o Itamaraty, o entendimento é relevante frente ao protecionismo e unilateralismo comercial crescentes. Os países europeus não impõem impostos de importação como o Mercosul.

O acordo pode:

  • Impulsionar a internacionalização da América do Sul;
  • Agregar valor aos produtos locais;
  • Modernizar cadeias produtivas com tecnologia da Suíça e Noruega.

As negociações iniciaram em 2017, com um acordo político anunciado em 2019. Após dez rodadas e retomadas em abril de 2024, a Efta eliminará 100% das tarifas de importação nos setores industrial e pesqueiro.

O Mercosul terá livre comércio com a Suíça em:

  • Café torrado;
  • Álcool etílico;
  • Suco de laranja;
  • Fumo não manufaturado;
  • Melões;
  • Bananas;
  • Uvas frescas;
  • Amêndoa;
  • Manteiga de cacau.

Produtos laticínios, como chocolates suíços, poderão chegar mais baratos ao mercado latino.

Haverá quotas preferenciais para:

  • Milho (até 8.000 toneladas por ano);
  • Carne bovina (3.000 ton.);
  • Óleos vegetais (até 3.000 ton.);
  • Vinho tinto (50 mil hl).

Os produtos do Mercosul poderão competir nas quotas da OMC, incluindo uma possibilidade de adicionar 22,5 mil toneladas de carne bovina.

O cronograma de tarifas prevê redução a zero em até 15 anos.

A próxima etapa inclui verificar questões jurídicas, aprovação nos parlamentos e ratificação pelo Executivo.

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