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Mercosul encerra negociação de acordo de livre comércio com EFTA

Mercosul finaliza acordo de livre comércio com EFTA, expandindo acesso a mercados europeus. Expectativa é que assinatura ocorra até o final do ano, em meio a um contexto internacional de protecionismo crescente.

Mercosul conclui acordo de livre comércio com EFTA

Os países do Mercosul anunciaram, nesta quarta-feira, a conclusão das negociações de um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.

Este entendimento, que começou em 2017, poderá criar um mercado de 290 milhões de consumidores e um PIB superior a US$ 4,3 trilhões.

O acordo entra em um processo jurídico e político antes de sua assinatura, esperada para o final do ano, conforme afirmou fonte do Itamaraty. O Brasil também espera concluir o acordo com a União Europeia até o final de 2025.

Com os acordos EFTA e UE, o Mercosul terá acesso privilegiado aos mercados europeus, importante em um cenário de nacionalismo econômico crescente.

Segundo o Itamaraty, quase 99% do valor exportado de produtos brasileiros terá acesso em livre comércio aos mercados da EFTA, com o Acordo MERCOSUL-União Europeia ampliando esse acesso.

A resistência da Suíça quanto a patentes farmacêuticas foi superada, e a delegação suíça concordou com garantias jurídicas oferecidas pelo Brasil.

Após acordos com Singapura em 2023 e as negociações com a UE, o acordo com a EFTA reforça a agenda externa do Mercosul, aumentando a corrente de comércio brasileira de US$ 73,1 bilhões para US$ 184,5 bilhões.

Agenda interna do Mercosul

No encontro de ministros da Fazenda e presidentes dos Bancos Centrais, o ministro brasileiro Fernando Haddad mencionou um clima de cooperação.

O Brasil, que assumirá a presidência pro tempore do Mercosul, pretende avançar nas negociações comerciais, especialmente visando o acordo com a União Europeia.

Haddad também destacou a temática da inflação, com a Argentina buscando melhorar seu desempenho econômico após períodos de hiperinflação.

O ministro concluiu que a relação entre Brasil e Argentina é promissora, expressando a necessidade de simplificar procedimentos administrativos e alfandegários para facilitar o intercâmbio comercial.

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