Mercosul não pode continuar sendo uma cortina de ferro, diz Milei
Javier Milei destaca a importância de uma abertura econômica no Mercosul em busca de novos mercados para a Argentina. O presidente argentino solicita maior flexibilidade nas regras do bloco e reafirma a urgência de modernizar as relações comerciais entre os membros.
Presidência pro tempore da Argentina no Mercosul
O presidente Javier Milei enfatizou, em seu discurso de encerramento, que o principal interesse de seu governo no Mercosul é a abertura de novos mercados para as exportações argentinas.
Milei pediu mais liberdade econômica dentro do bloco e criticou as regras internas, afirmando que o Mercosul não pode ser uma “cortina de ferro” para seus membros.
Ele celebrou o fechamento das negociações com a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), além de defender conversas com Israel, Emirados Árabes Unidos, El Salvador e Panamá.
Milei destacou: “A Argentina não pode esperar, precisamos de mais liberdade de forma urgente.” Se a agenda argentina não for compartilhada, ele afirmou: “O faremos juntos ou sozinhos.”
No encontro, os presidentes posaram para uma foto, mas trocaram apenas cumprimentos formais.
Ele também abordou os temas de comércio e segurança, sugerindo que o Mercosul deve ser visto como uma “lança” para acessar mercados globais, ao invés de um escudo.
Embora tenha agradecido o apoio dos outros países do bloco na questão das ilhas Malvinas, a maior parte do discurso concentrou-se na necessidade de um Mercosul aberto e flexível, o que demandaria mudanças nas regras do bloco.
Durante sua presidência pro tempore, a Argentina alcançou algumas vitórias, como a ampliação de exceções da Tarifa Externa Comum (TEC) e o fechamento das negociações com a EFTA. Milei espera que o Brasil, que agora assume a presidência, “dê continuidade ao que nós começamos.”