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Merz alcança vitória histórica antes de se tornar primeiro-ministro na Alemanha

Friedrich Merz conquista apoio histórico para o maior pacote de estímulo da Alemanha desde 1989, superando obstáculos judiciais e políticos. A aprovação, que pode impulsionar sua ascensão à chancelaria, requer apenas validação final no Bundesrat.

Friedrich Merz aprovou o maior pacote de estímulo da Alemanha desde a reunificação, em 1989. A votação ocorreu no Bundestag nesta terça-feira (18) e altera o freio da dívida, isentando gastos com defesa e 500 bilhões de euros em infraestrutura.

A derrota do projeto poderia comprometer a candidatura de Merz ao posto de primeiro-ministro, pois tornaria difíceis futuras negociações para o governo. Os conservadores da CDU/CSU e os sociais-democratas do SPD devem formar uma nova "grande coalizão" até a Páscoa, em abril.

O pacote superou um desafio legal, com o Tribunal Constitucional Federal rejeitando ações de partidos como AfD e FDP que contestavam a votação no Parlamento atual, que tomará posse na próxima semana. Merz alegou urgência no tema após declarações de Donald Trump sobre a Ucrânia.

Merz obteve apoio suficiente, contando com a aliança conservadora, o SPD e os Verdes, somando mais de dois terços de votos. A nova legislatura, que assumirá em 25 de fevereiro, poderá bloquear o projeto, tornando sua aprovação mais difícil.

A Lei Básica permite que o Bundestag atual aprove instrumentos constitucionais até que um novo Parlamento assuma. O pacote de estímulo ainda precisa do aval do Bundesrat, o Conselho Federal, na sexta-feira (21).

A aprovação pode liberar um pacote de 3 bilhões de euros em armas para a Ucrânia, em conversa entre Merz e o atual premiê Olaf Scholz.

O fundo de infraestrutura pode aumentar a economia alemã em mais de 2% ao ano nos próximos 10 anos, com prognósticos atléticos de crescimento. Críticos alertam que o plano pode ser insustentável e afetar as finanças da Alemanha e da Europa.

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