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Merz assume a Alemanha de olho na economia e na ascensão da extrema direita

Friedrich Merz, do CDU, é o novo primeiro-ministro da Alemanha e promete modernizar a economia, incluindo a aceitação de pagamentos digitais em todos os estabelecimentos. No entanto, ele enfrentará desafios significativos, como a crescente influência da extrema direita e as tensões internas na coalizão.

Friedrich Merz, 69 anos, deve ser eleito primeiro-ministro da Alemanha nesta terça-feira (5) em Berlim. A aprovação requer 316 votos dos 630 parlamentares do Bundestag, e sua coalizão, CDU/CSU, com o SPD, já possui 328 representantes.

Merz, conservador e católico, destaca a necessidade de modernização no país, incluindo a obrigatoriedade de pagamentos digitais em comércios, visando atender turistas e modernizar a economia alemã.

Com a atual Grande Coalizão enfrentando desafios, a AfD ganhou força, sendo a segunda maior bancada do Bundestag, advogando uma agenda nacionalista e anti-imigração. Alice Weidel, líder da AfD, promete deportações em massa.

Merz, em resposta a questões de imigração, propôs uma moção anti-imigração com o apoio da AfD, mas enfrentou críticas pela apropriação da agenda extremista. Apesar disso, garantiu sua eleição, embora tenha dado mais destaque ao partido A Esquerda, que se opõe à AfD.

A sua proposta de aliviar as regras de austeridade fiscal gerou reações mistas, recebendo apoio do mercado e da Europa, mas também descontentamento entre aliados que viam contrapartidas excessivas ao SPD e Verdes.

Para o novo governo, o SPD controlará sete pastas, incluindo Finanças e Defesa, enquanto a CDU ficará com imigração e relações internacionais. Merz terá que enfrentar a crescente influência da AfD, agora classificada como extrema direita pelo Escritório Federal de Defesa da Constituição, permitindo maior monitoramento da sigla, que busca reverter essa classificação na Justiça.

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