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Merz assume a Alemanha de olho na economia e na ascensão da extrema direita

Friedrich Merz, próximo primeiro-ministro da Alemanha, anuncia planos para modernizar a economia e aumentar a aceitação de pagamentos digitais. Contudo, sua coalizão enfrenta desafios políticos e pressões da extrema direita, que ganha força no Bundestag.

Friedrich Merz, de 69 anos, será formalmente eleito primeiro-ministro da Alemanha nesta terça-feira (6), com o apoio da coalizão CDU/CSU e SPD, totalizando 328 parlamentares no Bundestag.

Ele defende a modernização da economia, incluindo a aceitação de pagamentos digitais por estabelecimentos comerciais, e critica a atual estagnação econômica.

A AfD conquistou a segunda maior bancada no Bundestag e lidera as pesquisas. Seu discurso é voltado para o passado, propondo soluções como deportações em massa e uma Alemanha independente da UE.

Merz, em resposta à pressão da AfD, aprovou uma moção anti-imigração, mas foi acusado de se apropriar de sua agenda. Além disso, ele propôs alterar a Constituição para relaxar o freio da dívida, buscando investimentos em defesa.

Com essa proposta, recebeu apoio do mercado e de governos europeus, mas sua popularidade caiu e aliados criticaram concessões ao SPD e aos Verdes, que ocuparão a maioria das pastas no novo governo.

Merz terá que enfrentar a crise política gerada pela classificação da AfD como partido de extrema direita, o que pode potencialmente aumentar sua popularidade. Ele evitou opinar sobre a proibição da AfD, mas se manifestou contra sua liderança em comissões parlamentares.

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