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Merz surpreende até aliados com decisão de suspender venda de armas para Israel

Friedrich Merz interrompe exportação de armas para Israel em resposta à escalada do conflito na Faixa de Gaza. A decisão gera reações adversas tanto na Alemanha quanto em Israel, complicando a já delicada relação entre os países.

Friedrich Merz interrompeu a venda de armas para Israel, em uma decisão polêmica após dois meses no cargo. A medida foi anunciada em 8 de dezembro, refletindo a preocupação do governo alemão com a intensificação da ação militar israelense na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro alemão afirmou que tal ação dificulta a obtenção dos objetivos desejados. A exportação de equipamentos militares, que representa 30% das importações de Israel, está suspensa até novo aviso.

Binyamin Netanyahu expressou sua decepção e acusou a Alemanha de “recompensar o terror do Hamas”. Ele ressaltou a necessidade de apoio contínuo à “guerra justa” de Israel, lembrando o Holocausto para enfatizar o peso da decisão de Merz.

Líder de uma coalizão impopular, Merz enfrenta críticas internas, incluindo da ala jovem da CDU. O presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha alertou que a decisão pode “colocar a existência de Israel em risco”.

A oposição e até parceiros da coalizão, como o SPD, pedem medidas mais rigorosas contra Israel. A sociedade alemã se mostra dividida, com 74% dos entrevistados apoiando uma postura mais firme, pressionando Merz a agir diante da crise humanitária em Gaza.

As reações refletem um cenário geopolítico complexo, onde a Alemanha busca equilibrar suas relações e a pressão interna, após a controversa decisão que marca um novo capítulo em sua política externa.

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