Mesmo com acordo por dívida, Correios atrasam repasses ao Postalis
Correios enfrentam atrasos no repasse de R$ 120 milhões ao Postalis, acumulando dois meses de inadimplência. A gestão do presidente Fabiano Santos da Silva busca evitar consequências legais, mas enfrenta críticas internas por falta de transparência e aumento de gastos.
Correios atrasam repasses ao Postalis mesmo após acordo para dívida de R$ 7,6 bilhões.
A gestão de Fabiano Santos da Silva acumula R$ 120 milhões em débitos referentes a dois planos previdenciários.
Atrasos já somam dois meses, segundo o Postalis.
- 2023: Contrato para cobrir metade do déficit do plano de benefícios, encerrado em 2008.
- Responsabilidade: Funcionários e pensionistas arcam com a outra metade, descontada diretamente em folha.
A origem do déficit está relacionada a investimentos malsucedidos entre 2011 e 2016, ocasionando perdas de R$ 4,7 bilhões.
Funcionários reclamam pelos atrasos, já que seus pagamentos estão em dia. Propostas de processar a antiga gestora do fundo circulam entre eles.
Fabiano, ex-militante do PT e próximo de figuras políticas, assumiu a presidência em 2023 e enfrenta críticas por atrasos e falta de transparência.
Atrasos geram encargos significativos para a estatal.
- Direção dos Correios busca evitar ações judiciais ao não deixar débitos ultrapassarem 90 dias.
- Pagamentos de março e abril estão em aberto; regularização é esperada para o vencimento de maio.
O presidente do conselho do Postalis, Hudson Alves da Silva, será cobrado em reunião marcada para 28 de maio.
Os Correios não responderam até a publicação desta reportagem.