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Mesmo sob pressão do aço chinês, a Aço Verde do Brasil cresce em 2024

A siderúrgica Aço Verde do Brasil cresce mesmo em um mercado desafiador, com alta do lucro líquido e aumento nas vendas. Executivos destacam os impactos da competição com o aço chinês e a necessidade de medidas protecionistas para o setor.

A siderúrgica brasileira Aço Verde do Brasil (AVB) encerrou 2024 com crescimento nas vendas e na receita líquida, mesmo enfrentando um cenário adverso devido à entrada de aço chinês e novas tarifas dos EUA.

De acordo com relatório anual, a presidente Silvia Nascimento e o diretor financeiro Gustavo Rozenbaum Bcheche destacaram que, apesar da concorrência agressiva, a AVB manteve um Ebitda ajustado de R$ 558,4 milhões e lucro líquido de R$ 234,8 milhões, com aumento de 15,9% em relação a 2023.

A concorrência com aço chinês, subsidiado e com excesso de produção, continua sendo um desafio significativo. A AVB busca mitigar os impactos com investimentos em produtividade e sustentabilidade.

No entanto, a empresa enfrenta uma batalha comercial internacional que pode afetar seu desempenho em 2025, especialmente com fugas geográficas de aço chinês que contornam tarifas.

O setor de construção civil mostra expectativa de demanda crescente, impulsionada por projetos como o Minha Casa, Minha Vida. A alta do dólar também pode inibir a importação de aço, beneficiando a AVB.

Nos bastidores, há pressão por mais medidas protecionistas no Brasil. O governo discute ações antidumping, mas o lento progresso preocupa o setor.

A AVB registrou um aumento de 6,8% na receita líquida, totalizando R$ 1,84 bilhão, sustentado pelo crescimento de 10,7% nas vendas de laminados e semiacabados.

Em 2024, a empresa captou R$ 200 milhões por meio de debêntures verdes, que auxiliarão na conclusão da fábrica de oxigênio, prevista para setembro-outubro de 2025, com expectativa de triplicar o volume de gás utilizado na produção.

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