Meta começa a testar ‘notas da comunidade’ para substituir a verificação de fatos
A nova ferramenta da Meta permitirá que usuários contribuam com contexto sobre conteúdos nas plataformas, buscando aumentar a veracidade das informações. A mudança é uma resposta a críticas sobre censura e promete um sistema de moderação mais colaborativo e diversificado.
Meta anuncia teste de "notas da comunidade" em março
A Meta iniciará testes das “notas da comunidade” em 18 de março como um novo sistema para moderar conteúdo em suas plataformas, substituindo os serviços profissionais de verificação de fatos.
O CEO, Mark Zuckerberg, anunciou essa mudança em janeiro, buscando reaproximação com o governo de Donald Trump.
- Usuários do Facebook, Instagram e Threads poderão escrever e editar notas de contexto sobre conteúdos.
- O sistema será semelhante ao usado pela plataforma X (antigo Twitter).
- A Meta conta com cerca de 200.000 colaboradores registrados para contribuir.
Esta mudança surge após críticas constantes sobre a censura de vozes conservadoras, algo que verificadores de fatos afirmam não existir. A AFP atualmente verifica conteúdos em 26 idiomas na plataforma.
A Meta também reduziu suas iniciativas de diversidade e flexibilizou as regras de moderação de conteúdo, especialmente em relação a discursos hostis. Para participar, colaboradores devem ter mais de 18 anos e contas abertas há mais de seis meses.
As notas terão um limite de 500 caracteres e não aparecerão imediatamente, com um sistema de aprovação gradual. A Meta garante que as notas só serão publicadas com consenso entre colaboradores de diferentes visões.
Inicialmente, as notas estarão disponíveis em seis idiomas: inglês, espanhol, chinês, vietnamita, francês e português. O programa de verificação de fatos por terceiros continuará até que o sistema esteja disponível globalmente.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre os riscos dos retrocessos nos sistemas de moderação de conteúdo, citando aumento no ódio e na violência.
Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira