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Meta via TikTok como uma ameaça 'altamente urgente', diz Zuckerberg em julgamento sobre concorrência

Zuckerberg reconhece a competitividade do TikTok como uma ameaça urgente para a Meta e discute estratégias de aquisição de empresas. A FTC testa a validade das alegações de monopólio da Meta, levantando questões sobre o futuro da integração de seus aplicativos.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, reconheceu que o TikTok representa uma ameaça competitiva “altamente urgente” desde 2018. Ele fez essa declaração ao testemunhar no julgamento antitruste da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC).

A Meta, proprietária de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, é acusada de monopólio e de obstruir a concorrência.

Zuckerberg admitiu que o crescimento da Meta desacelerou drasticamente com a chegada do TikTok. “Era algo altamente urgente”, afirmou, destacando que essa foi uma prioridade máxima nos últimos anos.

Durante o interrogatório, ele discutiu a compra do Instagram e do WhatsApp, e o lançamento do Reels no Instagram como resposta ao TikTok.

A FTC pretende forçar a venda dos aplicativos, citando Zuckerberg como alguém que monopolizou o mercado ao adquirir empresas em vez de competir. O executivo discorda, alegando que a Meta compete com várias plataformas, incluindo YouTube, iMessage, X, e LinkedIn.

O juiz James Boasberg questionou a relevância dos “efeitos de rede”, que indicam que quanto mais usuários uma plataforma tem, mais difícil é a migração para outras. Zuckerberg minimizou essa preocupação, ressaltando que os aplicativos servem principalmente como motores de descoberta.

Se a FTC vencer, a Meta pode ter que desintegrar o Instagram e o WhatsApp, impactando significativamente seu valor de mercado e levantando questões sobre como o governo regula fusões e aquisições.

Zuckerberg reconheceu que, em comunicações internas de 2013, bloqueou anúncios de concorrentes como WeChat por considerá-los ameaças, mas evitou caracterizar suas intenções.

Durante o julgamento, a FTC também apresentou evidências de que a Meta já previa riscos antitruste, incluindo um e-mail de 2018 onde Zuckerberg mencionou a possibilidade de desmembrar os aplicativos nos próximos 5 a 10 anos.

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