Metade das assinaturas da CPI do INSS é de partidos da Esplanada
O pedido de CPMI para investigar fraudes no INSS conta com forte apoio de partidos governistas. A oposição pretende conduzir as investigações após a deflagração da operação Sem Desconto pela PF.
CPMI para investigar fraudes no INSS:
Oposição protocolou pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) em 12 de maio de 2025, reunindo 259 assinaturas (223 deputados e 36 senadores).
Destes, 132 assinaturas (50,9%) são de partidos com ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como:
- União Brasil (39)
- PP (28)
- PSD (20)
- Republicanos (24)
- MDB (15)
- PSB (6)
Essas siglas controlam 12 ministérios na Esplanada.
O mínimo requerido era de 27 senadores e 171 deputados. As deputadas Coronel Fernanda (PL-MT) e Damares Alves (Republicanos-DF) articularam os apoios.
A proposta visa investigar fraudes, após a PF iniciar a operação Sem Desconto em 23 de abril, focando em descontos indevidos em benefícios do INSS. Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária.
A pesquisa da CGU em 2023 indicou que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram documentação completa ao INSS. Seis pessoas foram afastadas, incluindo o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
A repercussão resultou na demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), que foi aconselhado a alinhar o discurso direcionando a origem das fraudes para o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).