Metade do Congresso acha que proposta do governo não é suficiente para compensar isenção do IR
Parlamentares demonstram ceticismo sobre a proposta de tributação adicional, com uma divisão evidente entre aqueles que acreditam que a medida é suficiente para compensar a isenção do Imposto de Renda. A discussão intensifica-se, à medida que se avaliam alternativas e ajustes na proposta do governo Lula.
Pesquisa revela ceticismo no Congresso sobre a tributação proposta pelo governo Lula
Uma pesquisa do Ranking dos Políticos indica que mais da metade do Congresso Nacional considera a tributação de rendas mais altas proposta pelo governo Lula insuficiente para compensar a isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil mensais.
Destaques da pesquisa:
- 52,3% dos deputados e 50% dos senadores acham a tributação sobre rendas acima de R$ 50 mil inadequada.
- 33,3% da Câmara e 35,7% do Senado acreditam que a proposta é suficiente.
- 14,4% dos deputados e 14,3% dos senadores estão indecisos.
A proposta isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026 e reduz a tributação para rendas de até R$ 7 mil, enquanto a faixa de isenção atual vai até R$ 3.036.
O governo estima uma perda de arrecadação de R$ 25,84 bilhões, que necessita de compensação. A proposta de tributação mínima é de até 10% sobre rendas superiores a R$ 50 mil. Especialistas e parlamentares divergem sobre sua eficácia.
O diretor do Ranking dos Políticos, Luan Sperandio, destaca o ceticismo dos parlamentares sobre a viabilidade fiscal, sugerindo possíveis modificações na proposta.
Outros pontos da pesquisa incluem:
- 50,5% dos deputados e 46,4% dos senadores têm preocupações sobre bitributação para acionistas.
- 30,6% e 28,6% não veem essa possibilidade, enquanto 18,9% e 25% estão indecisos.
Frentes parlamentares buscam rejeitar a taxa sobre os dividendos e propondo alternativas como cortes de gastos. O projeto, essencial para a agenda econômica do governo, será relatado por Arthur Lira (PP-AL).
Enquanto há concordância na isenção para rendas baixas, as opiniões divergem sobre a taxação para os mais ricos, em meio a incertezas sobre o impacto fiscal e a proximidade do ano eleitoral.