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Metalurgia brasileira busca cotas nas exportações aos EUA após taxa de 25%

Indústria brasileira enfrenta incertezas com novas tarifas dos EUA sobre aço e alumínio, solicitando negociações para flexibilização das medidas. Especialistas alertam que acordos rápidos são cruciais para evitar perda de competitividade no mercado americano.

Indústria Brasileira em Alerta

A decisão do governo americano de impor uma taxa de 25% sobre aço e alumínio, desde março, gera insegurança na indústria brasileira.

Executivos buscam, através do governo brasileiro, a flexibilização da medida por parte dos EUA. Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Aço Brasil, ressalta que países como o Brasil podem perder competitividade caso não consigam negociações rápidas.

Em 2024, o Brasil exportou 4,08 milhões de toneladas de aço para os EUA, correspondendo a 42,6% das exportações, resultando em US$ 2,99 bilhões. O aço semiacabado, principal item exportado, gerou US$ 2,3 bilhões.

Os EUA dependem de importações de 5,6 milhões de toneladas de aço semiacabado anualmente. Construir usinas para suprir essa demanda leva entre três a quatro anos.

Política de Cotas

Em 2018, os EUA instituíram uma hard quota permitindo a exportação do Brasil com tarifa zerada até 3,5 milhões de toneladas de semiacabado. O pleito atual é a retomada dessa política.

As negociações estão em andamento com o vice-presidente Geraldo Alckmin e autoridades americanas. Tatiana Prazeres do MDIC destaca que o Brasil precisa mostrar que não é um problema para os EUA, já que eles têm superávit comercial com o Brasil.

A indústria de alumínio também pede um sistema de cotas para isenção de tarifas. Em 2024, as exportações brasileiras de alumínio somaram US$ 267 milhões.

Crescimento das Exportações

No primeiro trimestre de 2025, as exportações cresceram 22% em volume em relação ao ano anterior, totalizando 22,2 mil toneladas.

Janaina Donas, da Abal, ressalta que os EUA não são autossuficientes em alumínio, necessitando de 5 a 8 anos para aumentar a produção.

A principal preocupação é com o desvio de comércio, onde exportações de países terceiros redirecionadas para o Brasil poderiam gerar práticas anticompetitivas. O MDIC monitorará a situação.

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