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'Meu pai começou a abusar da minha mãe': os medicamentos que podem alterar comportamento sexual como efeito colateral

Filha revela como medicação para Parkinson transformou a vida de seu pai em pesadelo familiar. Casos semelhantes levantam preocupações sobre prescrições irresponsáveis e efeitos colaterais prejudiciais.

Descoberta chocante de Sarah no sótão de seu pai: Ela encontrou anotações e gravações de James, que estava espionando sua esposa, acreditando que ela o traía.

Parker Parkinson: James, aposentado com Parkinson e sob medicação de ropinirol, apresentava comportamentos impulsivos e coercitivos. Sarah descobriu que o pai havia agredido sexualmente funcionários em uma casa de repouso.

Impacto devastador: Sarah, com procuração sobre os pais, busca compartilhar sua história para alertar sobre os efeitos colaterais de medicamentos que alteram o comportamento.

Casos similares: A BBC investigou 50 relatos de homens com mudanças drásticas de comportamento após usarem agonistas da dopamina, levando ao desejo sexual compulsivo e exploração.

  • Alguns homens relataram que a medicação desinibiu interesses sexuais previamente não explorados.
  • Outros, sentindo-se envergonhados, continuaram a tomar os medicamentos para aliviar suas doenças.

Riscos conhecidos: O ropinirol é associado a comportamentos impulsivos, mas médicos ainda prescrevem sem alertar os pacientes adequadamente.

A indústria farmacêutica: A empresa GSK reconheceu em 2003 a relação entre o medicamento e comportamentos desviantes, mas os alertas foram incluídos nas bulas somente em 2007.

Reação legislativa: A parlamentar Paulette Hamilton pede maior transparência nas bulas, alertando que 90% das pessoas não leem as informações contidas nelas.

Estudos problemáticos: Dois estudos sobre outro agonista, rotigotina, foram contestados quanto à imparcialidade após envolvimento de empregados da fabricante UCB.

Monitoramento insuficiente: Na Inglaterra, médicos prescreveram 1,5 milhão de agonistas da dopamina, com escassos planos de revisão das advertências sobre efeitos colaterais.

Conclusão: A Agência Reguladora de Medicamentos afirma que os impulsos sexuais variam, mas as advertências permanecem insuficientes, levantando preocupações sobre a segurança do tratamento de distúrbios do movimento.

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