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Milei endurece regras migratórias com cobrança de serviços de saúde e educação para estrangeiros

Novo decreto migratório do governo Milei impõe restrições a imigrantes, incluindo brasileiros, que podem ser afetados por cobranças em saúde e aumento nas mensalidades de universidades. A medida levanta questionamentos sobre seu uso eleitoral em meio às eleições legislativas em Buenos Aires.

BUENOS AIRES - O governo de Javier Milei anunciou, em 14 de março, um decreto com novas regras migratórias que impactam brasileiros na Argentina.

As medidas incluem:

  • **Cobrança pelos serviços de saúde a estrangeiros**;
  • **Permissão para universidades cobrarem mensalidades de não-argentinos**;
  • **Regras de entrada mais rígidas**;
  • **Expulsões mais rápidas**.

O porta-voz da presidência, Manuel Adorni, fez o anúncio durante coletiva de imprensa, destacando que 1,7 milhão de imigrantes entraram irregularmente no país nos últimos 20 anos.

Milei e Adorni enfatizaram o desejo de que a Argentina seja "a terra prometida" e a necessidade de mudanças para sustentar o sistema público. Mais de 90 mil brasileiros residem na Argentina, com cerca de 21 mil estudando em suas universidades.

A nova cobrança de serviços de saúde também afetará brasileiros, e será exigido seguro saúde para turistas. Adorni justificou a medida como necessária para a sustentabilidade do sistema de saúde pública.

Esta coletiva, sem perguntas da imprensa, levantou suspeitas de uso político do espaço, já que Adorni é candidato nas eleições legislativas de Buenos Aires neste domingo, 18 de março.

As eleições locais servem como termômetro para o governo de Milei, que busca manter sua popularidade após recentes medidas econômicas.

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