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Milei lança programa para que argentino tire dólares do 'colchão' sem dizer origem

Governo busca formalizar US$ 200 bilhões em dólares não declarados, visando revitalizar a economia argentina e aliviar a desconfiança no sistema financeiro. Pacote de medidas inclui redução de fiscalização e a promessa de tratar cidadãos como inocentes até que se prove o contrário.

Governo argentino anuncia pacote para legalizar economias não declaradas

O governo de Javier Milei revelou um plano para injetar mais de US$ 200 bilhões que estão fora do sistema econômico formal. A partir de 1º de junho, medidas visam facilitar o uso de dinheiro não declarado, no chamado "Plano de Reparação Histórica da Poupança dos Argentinos".

As principais mudanças incluem:

  • Eliminação de perguntas sobre a origem de recursos em compras com cartões e carteiras virtuais.
  • Cartórios não precisarão relatar operações mensais.
  • Isenção de reporte para transações abaixo de 32 mil pesos argentinos.

O governo pretende aumentar os limites mensais de valores que financeiros devem informar ao Fisco. Anteriormente, Milei sugeriu medidas mais radicais, incluindo a permissão de lavagem de dólares sem limites.

O Plano será executado em duas etapas: uma por meio de um decreto e outra via projeto de lei no Congresso. O porta-voz Manuel Adorni defendeu que os cidadãos serão considerados inocentes até prova em contrário e criticou a abordagem fiscalizadora da administração anterior.

Adorni sugeriu que a pobre gestão governamental desestimulou a poupança e levou muitos a optar por soluções informais. O governo reconhece que entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões estão fora do sistema devido à falta de confiança na moeda local.

Apesar das críticas, Adorni assegurou que o governo continuará combatendo a lavagem de dinheiro. O Banco Central enfrenta uma crise de reservas enquanto o governo estabeleceu um novo acordo com o FMI para US$ 20 bilhões.

Esse é o segundo esforço da administração Milei para formalizar os dólares não declarados, seguindo um programa similar do ano passado com impostos entre 30% a 15% para quantias acima de US$ 100 mil.

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