HOME FEEDBACK

Milei não é milagreiro, mas fez o que ninguém antes teve coragem de fazer, diz a Duquesa de Tax

Milei implementa desvalorização cambial e cortes de impostos em sua gestão, buscando estabilizar a economia argentina. No entanto, medidas geraram aumento da inflação e impacto negativo no consumo e na classe média.

Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2023, enfrentando um cenário econômico crítico, descrito como um “laboratório de crise”: inflação maquiada e um dólar oficial fictício.

Logo na primeira semana, desvalorizou o câmbio oficial em mais de 50%. Segundo a colunista do Estadão, Maria Carolina Gontijo (Duquesa de Tax), o plano de Milei parecia efêmero, mas mostrou mais resistência do que o esperado.

Para evitar uma explosão de preços com a nova medida cambial, o governo ampliou um tributo de 2019 para taxar compras de moeda estrangeira. Essa estratégia buscou conter a pressão inflacionária, além de gerar arrecadação.

Entre dezembro de 2023 e julho de 2025, a administração de Milei cortou ou reduziu 19 impostos, abrangendo itens como celulares e serviços exportados. Contudo, a Duquesa aponta que tais cortes são meras podas, sem resolver a raiz do problema econômico.

Embora o superávit tenha sido alcançado, isso ocorreu com uma drástica redução da máquina pública: ministérios foram desmontados, obras paradas e programas sociais suspensos. A eficiência desse ajuste é questionada, considerando os altos custos sociais.

Além disso, a Duquesa de Tax apresenta uma atração semanal chamada Não vou passar raiva sozinha, onde faz comentários sobre o noticiário econômico. Os episódios são lançados às segundas-feiras, e também disponíveis em podcast nas plataformas Spotify e Apple Podcasts.

Leia mais em estadao