Milei ordena prisão de 29 membros de torcidas organizadas envolvidos em protestos na Argentina
Argentina busca prender 29 barras bravas após atos de violência em protesto de aposentados. O governo introduziu um projeto de lei para classificar esses torcedores como organizações criminosas.
Ministério da Segurança Nacional da Argentina pediu ao Ministério Público a prisão de 29 barras bravas suspeitos de violência em protesto de aposentados em Buenos Aires.
A solicitação foi feita antes de novas manifestações planejadas, que devem ser ainda maiores. O governo de Javier Milei enviou um projeto de lei ao Congresso para combater grupos de torcedores "violentos" no futebol.
A ministra Patricia Bullrich afirmou que a proposta criminaliza barras bravas como organizações criminosas. Em um vídeo, ela expôs os rostos dos suspeitos, alegando que atacaram o Congresso e as forças de segurança.
Apesar das imagens mostradas, muitas não comprovam atos violentos. O Ministério identificou os suspeitos via análise de imagens e reconhecimento facial.
Além das prisões, foram solicitados mandados de busca nas casas dos suspeitos para determinar vínculos com organizações criminosas.
Há 35 anos, aposentados protestam no país, mas nunca sofreram repressão tão violenta. Na última manifestação, 45 pessoas ficaram feridas e mais de 100 foram detidas.
O governo acusa barras bravas de tentar provocar um golpe de Estado, enquanto aposentados defendem a pacificidade do protesto, apoiado por torcedores de clubes.
A aliança entre aposentados e torcedores surgiu após uma entrevista de um aposentado de 75 anos, que mencionou a importância de defender os aposentados, citando o craque Diego Maradona.