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Milei renova acordo de troca de moedas com a China antes da visita de secretário do Tesouro dos EUA

A renovação do swap cambial com a China visa fortalecer a economia argentina em meio a tensões geopolíticas. A decisão ocorre antes de um novo programa de crédito do FMI e a visita de um alto funcionário dos EUA ao país.

Argentina renova swap cambial com China

A Argentina renovou um swap cambial com a China, avaliado em US$ 18 bilhões, poucos dias antes da visita do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. O anúncio foi feito pelo Banco Central da Argentina.

O swap é um acordo entre bancos centrais para trocar moedas por um determinado período. O montante renovado é de US$ 5 bilhões, prorrogado por mais 12 meses. Em 2023, o governo anterior utilizou esse mecanismo para pagar dívidas em meio à crise econômica. O acordo precisa do aval do Banco Popular da China para ser efetivado.

Contexto geopolítico

A América Latina, especialmente a Argentina, é um ponto de disputa entre Washington e Pequim.

Antes da chegada de Bessent a Buenos Aires, o FMI votará um novo programa de crédito de US$ 20 bilhões para o país. Esse movimento pode ser um sinal de apoio do governo de Donald Trump.

Tensões EUA-China

A linha de swap é um ponto de tensão nas relações entre EUA e China. Mauricio Claver-Carone, enviado da Casa Branca, criticou o mecanismo, enquanto o Ministério das Relações Exteriores da China pediu aos EUA que “corrijam sua visão”.

Desafios para Javier Milei

O presidente Javier Milei, pró-EUA, enfrenta um dilema. Apesar de críticas à China durante a campanha, tem suavizado seu discurso, considerando o país um parceiro comercial estratégico.

O acordo de swap, criado em 2009, permite que o Banco Popular da China mantenha uma conta em yuans no Banco Central argentino, enquanto a Argentina tem uma conta em pesos na China.

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