Milei veta fundo de ajuda para cidade na Argentina devastada por inundações
Milei justifica veto ao fundo de ajuda afirmando que a lei aprovada não apresenta fontes de financiamento. A decisão gera polêmica entre opositores, que classificam a atitude como insensível diante da tragédia em Bahía Blanca.
Presidente da Argentina, Javier Milei, veta fundo de ajuda para Bahía Blanca
Milei desaprovou a criação de um fundo extraordinário de 200 bilhões de pesos (aproximadamente R$ 930 milhões) para ajudar na reconstrução da cidade de Bahía Blanca, severamente afetada por inundações em março, que resultaram em 18 mortes e danos bilionários.
O veto foi publicado no Diário Oficial e requer uma maioria especial do Congresso para ser bloqueado. O governo alega que a proposta carece de fontes de financiamento, indo contra seu princípio de equilíbrio fiscal.
A administração já atendeu cerca de 32 mil desabrigados com um pagamento pontual de até US$ 2.500 (R$ 13,7 mil). O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou que a lei vetada duplicaria a assistência já oferecida.
A legislação havia sido aprovada com ampla maioria: 153 votos a favor, 32 contrários e nenhum voto em abstenção. As medidas incluíam subsídios, isenções de impostos, prazos de carência em dívidas e outros auxílios.
As inundações, causadas por chuvas torrenciais, devastaram a cidade, com danos estimados em US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões). O governo federal declarou três dias de luto nacional e enviou o Exército para auxiliar nas operações de ajuda.
A visita de Milei à área, feita cinco dias após a tragédia, gerou críticas. A oposição classificou o veto como cruel.