Milei viaja aos EUA para possível encontro com Trump enquanto negocia com FMI

Presidente da Argentina, Javier Milei, viaja para a Flórida nesta quarta-feira, onde pode se reunir com Donald Trump em meio a negociações de um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões).

Milei irá a Mar-a-Lago para receber um prêmio na quinta-feira. Ele afirmou que, se a agenda permitir, pode haver uma reunião informal com Trump.

Um encontro poderia fortalecer a posição da Argentina junto ao FMI, especialmente antes das eleições de meio de mandato em outubro.

O Banco Mundial confirmou que desembolsará um "pacote de apoio significativo" à Argentina nos próximos três anos, colaborando com o governo de Milei para sua agenda de reformas.

O Brasil já possui um acordo de US$ 44 bilhões assinado em 2018, que foi o maior crédito concedido pelo FMI. Para novos fundos, o apoio dos EUA é crucial, uma vez que detém 16% de participação no organismo.

Nos últimos dias, o Ministro da Economia, Luis Caputo, expressou a expectativa de que o FMI inclua um desembolso inicial de mais de 40% do total do empréstimo.

Entretanto, o governo enfrentou dificuldades, com perdas de mais de US$ 1,2 bilhão em reservas devido à alta do dólar, levando as reservas do Banco Central a US$ 25,436 bilhões.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que o pedido de desembolso inicial de 40% "é razoável" e "eles merecem, dado seu desempenho".

O chanceler argentino, Gerardo Werthein, se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para discutir as conquistas do governo de Milei.

O ajuste fiscal realizado foi o maior em 31 anos, representando 4,7 pontos percentuais do PIB de 2024, o que resultou em milhares de demissões.

A pobreza caiu de 52,9% para 38,1% na segunda metade de 2024. A inflação também caiu de 211% em 2023 para 118% em 2024.