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Milhares protestam na Colômbia para exigir que o Congresso aprove reformas de Petro

Milhares de pessoas protestam em apoio às reformas de Gustavo Petro, após Congresso rejeitar mudanças trabalhistas. O presidente anuncia consulta popular para decidir o futuro das propostas, enfrentando resistência da oposição.

Milhares de simpatizantes do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, protestaram nas principais cidades nesta terça-feira. O objetivo: exigir a aprovação das reformas trabalhista e da saúde pelo Congresso, que rejeitou a proposta de mudança no sistema trabalhista.

Em Bogotá, Medellín, Cali e outras capitais, os manifestantes marcharam com bandeiras e cartazes. Sem maioria no Congresso, Petro enfrenta dificuldades para implementar seus projetos.

Na Praça de Bolívar, em Bogotá, indígenas e camponeses ouviram um discurso do presidente, que criticou a "oligarquia" e reafirmou a luta do povo: “O Congresso da Colômbia está dando as costas ao povo (...). Não somos escravos”.

Na quarta-feira, congressistas da oposição arquivaram o projeto de reforma trabalhista e, enquanto os protestos aconteciam, a reforma foi rejeitada. Petro deu um ultimato, afirmando um bloqueio institucional e decretando um dia cívico para que servidores pudessem participar da manifestação.

Petro anunciou que convocará uma consulta popular para que a população decida o futuro do projeto. “A consulta começará agora, a mobilização será permanente”, declarou o presidente.

O ministro do Interior, Armando Benedetti, confirmou que “a consulta acontecerá de qualquer maneira”. O Legislativo também rejeitou a reforma da saúde, visando reduzir a participação de empresas privadas.

Petro antecipou temas para a consulta, que precisa de aprovação do Congresso, incluindo uma pergunta sobre o horário de trabalho. O líder de esquerda assumiu o cargo em 7 de agosto de 2022, mas ocorreu uma perda do apoio congressual. Desde então, Petro tem utilizado a pressão popular.

Além disso, enfrenta uma crise no gabinete com a renúncia de altos funcionários, incluindo o ministro da Fazenda. A oposição critica a consulta como um início de campanha oficialista para as eleições de 2026, das quais Petro não pode participar.

O ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica enviou uma mensagem de apoio a Petro, incentivando-o a continuar lutando por uma humanidade melhor.

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