Militares do Equador são mortos na Floresta Amazônica em ataque atribuído a dissidência das Farc
Luto nacional se estende por três dias em homenagem aos militares mortos em emboscada. Ataque atribuído a grupo criminoso reforça a crescente violência e insegurança na região amazônica.
Presidente do Equador, Daniel Noboa, decreta luto nacional de três dias após a morte de 11 militares em emboscada na Floresta Amazônica.
A emboscada ocorreu na província de Orellana, próximo à fronteira com o Peru, e é atribuída ao grupo Comandos da Fronteira, dissidência das extintas Farc.
Os militares estavam em operação contra o garimpo ilegal quando foram atacados com explosivos e tiros. Um soldado ficou ferido e um membro do grupo armado foi morto. Noboa classificou os militares como heróis nacionais e prometeu que “o crime não ficará impune”.
A homenagem às vítimas se estende de 10 a 12 de maio. Vídeos do ataque foram divulgados pelo Ministério da Defesa.
A região enfrenta crescente violência ligada ao tráfico de cocaína, com organizações criminosas em disputa. O Exército colombiano declarou alerta máximo nas áreas de fronteira após o ataque.
Os Comandos da Fronteira estão em negociação com o governo colombiano, mas sem progresso. Seu líder, Andrés Rojas, foi preso em fevereiro e é considerado um alvo militar.
Desde a desmobilização das Farc em 2017, o grupo se reestruturou rapidamente, sendo visto como uma das principais ameaças na região. A violência no país é alarmante, com cerca de 40 mil membros de quadrilhas criminosas, quase o dobro da Colômbia. O Equador lidera o ranking de homicídios na América Latina, com uma média de um assassinato por hora.
O governo equatoriano oferece recompensas por informações sobre os responsáveis pela emboscada. Com informações da AFP.