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Militares evitam euforia de Trump com resultado do ataque ao Irã

General Dan Caines afirma que ainda é incerto o impacto total do ataque na capacidade nuclear do Irã, apesar dos danos significativos. A operação, embora impressionante militarmente, deixou dúvidas sobre a sobrevivência do conhecimento técnico do programa atômico iraniano.

General Dan Caines, principal comandante militar dos EUA, afirmou que "é muito cedo" para determinar se os ataques aéreos a três centrais nucleares do Irã eliminaram a capacidade do país de desenvolver armas atômicas.

Os danos em Fordow, Natanz e Isfahan foram considerados "severos", mas Caines destacou que ninguém está no terreno para verificar a extensão dos danos. Enquanto isso, a AIEA informou que não houve contaminação radioativa visível, sugerindo a destruição das infraestruturas.

Embora Israel tenha eliminado alguns cientistas nucleares, o conhecimento necessário para a produção de bombas permanece com o Irã. Para político como Donald Trump, a narrativa de uma "vitória decisiva" é importante, mesmo sem certeza sobre os resultados.

O general também detalhou a Operação Martelo da Meia-noite, uma complexa ação militar que envolveu B-2 americanos. Os bombardeiros partiram de sua base no Missouri, simulando ataques em direção ao Pacífico para despistar a mídia e inimigos.

Enquanto parte dos B-2 voavam para o Pacífico, outros seguiram para o leste e atingiram o Irã após 18 horas. Um submarino americano lançou 24 mísseis de cruzeiro Tomahawk, enquanto os B-2, apoiados por caças F-35 e F/A-18, realizaram os ataques.

A operação consistiu na utilização de superbombas GBU-57 em Fordow e Natanz. O ataque ocorreu entre 16h40 e 17h05 do horário de Brasília. Os B-2 completaram um voo de 37 horas e a operação foi a maior já realizada por essa aeronave, com instrução de 125 aviões e 75 mísseis de precisão lançados.

A operação custou cerca de R$ 11 bilhões por B-2 e, no total, 14 bombardeios foram executados em Natanz.

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