Mineração cresce no 1º semestre, mas tarifas dos EUA representam risco estratégico
Crescimento do setor mineral brasileiro enfrenta desafios devido a tarifas dos EUA. O Ibram destaca a necessidade de negociar estratégias que priorizem tecnologia e diversificação na exportação.
Setor mineral brasileiro apresenta crescimento no primeiro semestre de 2025, com aumento em produção, faturamento e geração de empregos.
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) reportou um faturamento de R$ 139,2 bilhões, um aumento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2024.
A receita de minerais críticos cresceu 41,6%, totalizando R$ 21,6 bilhões.
Exportações atingiram 192,5 milhões de toneladas, um incremento de 3,7% em relação a 2024, gerando aproximadamente US$ 20,1 bilhões.
As exportações de minerais críticos também aumentaram, somando US$ 3,64 bilhões.
Contudo, medidas tarifárias dos Estados Unidos incluem uma tarifa adicional de 40% a partir de 6 de agosto, afetando cerca de 24,4% das exportações minerais brasileiras.
O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, destaca a necessidade de revisar a estratégia do setor, com foco em:
- Transferência de tecnologia
- Atração de investimentos
- Diversificação da pauta mineral
O setor é cauteloso quanto a possíveis retaliações sobre a importação de máquinas e equipamentos dos Estados Unidos, o que pode elevar custos em US$ 1 bilhão ao ano.
O superávit mineral contribui para a estabilização da balança comercial, mesmo com a queda de receita do minério de ferro sendo compensada pelo aumento de outros minerais, como o ouro e o cobre.
Os Estados Unidos são um mercado importante, respondendo por 4% das exportações brasileiras, enquanto 20% das importações minerais vêm de lá.
O setor espera que as negociações com os EUA abordem três frentes prioritárias:
- Transferência de tecnologia
- Atração de investimentos
- Diversificação da pauta mineral